Certamente foi mais pelo resultado que os adeptos leoninos saíram satisfeitos do Estádio Algarve. Montero e André Martins marcaram os golos, numa exibição que não atingiu o brilhantismo das goleadas ao Arouca e Académica, e do empate com o Benfica.
Depois de um início sem complicações para as duas equipas, em que o estudo mútuo impôs-se sobre a vontade de alguma delas ditar logo as diretrizes do jogo, o Sporting, por volta dos 10 minutos e como lhe competia dada a reconhecida diferença de valores, começou a marcar posição no meio-campo algarvio, dificultando a vida a Ricardo.
A equipa de Leonardo Jardim viveu muito de iniciativas pelos corredores, principalmente do direito, onde Wilson Eduardo contou com Cédric para massacrar Jander, enquanto no lado oposto Jefferson pouca ajuda deu a Capel, que, no entanto e mesmo só, conseguia criar situações de perigo.
A prová-lo, os cartões amarelos mostrados a Luís Filipe e Mladen, que tiveram que parar o espanhol em faltas. Na segunda-parte, Rui Duarte também viu amarelo, por motivos idênticos. Na sequência do livre nasceu o primeiro golo leonino.
Se pelos corredores os jogadores leoninos gozaram de alguma liberdade, no centro a vigilância foi mais apertada, com Celestino e Rui Duarte a conseguirem controlar Adrien (mais) e André Martins (menos). Em relação a este, a história seria diferente na etapa complementar.
Aos 11 minutos, grande perdida de Capel. Wilson Eduardo cruzou na direita, Montero não chegou à bola, com esta a sobrar para o espanhol, que nas costas de Luís Filipe rematou à figura de Ricardo. Foi a primeira, e uma das melhores oportunidades do Sporting na primeira parte.
Montero, aos 24, na sequência de um canto e em pontapé de bicicleta, fez a bola passar próximo do poste esquerdo, e aos 31, na melhor jogada Sporting nesse período, a vistosa troca de bolas entre André Martins, Cédric e Wilson Eduardo, foi desviada para canto por um defesa do Olhanense.
O Sporting esteve mais próximo do golo, mas o Olhanense acabaria por falhar a melhor oportunidade da etapa inicial: Diakhite, aos 39 minutos, fez um cabeceamento à barra da baliza de Rui Patrício, na sequência de um canto.
Perto do intervalo, os algarvios quase aproveitavam um erro de Maurício, que ao tentar colocar a bola no seu guarda-redes, permitiu que Mehmeti se intrometesse, obrigando Rui Patrício a defender no limite da área.
Melhor reentrada não poderia ter o Sporting, com Montero a inaugurar o marcador bem cedo (51), de cabeça, após livre de André Martins. O colombiano marcou, mas estava em posição irregular quando André Martins cobrou o livre.
O árbitro nada assinalou e o Sporting aproveitou a vantagem para consolidar a sua força, e arrancar para um final de jogo de bom nível. André Martins, sete minutos depois, a voltou a ser protagonista, agora a elevar a contagem, aproveitando a apatia de Ricardo.
O Olhanense tentou contrariar a supremacia leonina mas não teve argumentos para tal. Os algarvios tiveram que subjugar-se ao poderio da equipa de Leonardo Jardim, que voltou ao trilho das vitórias, depois do empate com o Benfica.
Apesar da exibição não ter sido tão empolgante como nos jogos anteriores, foi a suficiente para vencer de forma merecida, e colocar o Sporting na perseguição ao líder do campeonato.
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