quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Galerias Romanas abrem esta sexta-feira

Já é uma tradição: setembro é, desde a década de 1990, sinónimo da abertura anual ao público das Galerias Romanas da Rua da Prata, em Lisboa.

Esta sexta-feira, sábado e domingo o monumento volta a poder ser visitado gratuitamente... e por quem for paciente.




António Marques, arqueólogo do Museu da Cidade, não hesita quando lhe perguntam o que aconselha a quem, nos próximos três dias, quiser visitar a estrutura construída há mais de dois mil anos no que é hoje a Baixa Pombalina. "Tenham paciência e venham precavidos para esperar várias horas", recomenda, com as galochas que calça a indicarem também que as sandálias que o calor convida a usar devem ficar em casa por um dia.


Afinal, numa estrutura que está habitualmente submersa, não é de estranhar que o chão nunca perca a humidade, as poças se acumulem - nalguns pontos chegam a fazer lembrar pequenos cursos de água - e as pingas que caem do teto sejam uma constante. "Temos uma bomba permanentemente a bombear a água", explica o investigador, frisando que o espaço começa, sempre, a ser esvaziado "uma semana antes" da abertura.


Tudo para que, durante três dias, qualquer pessoa possa visitar um criptopórtico romano - "uma plataforma artificial sobre a qual os romanos construíam os edifícios" e que, à época, estava totalmente seca. A estrutura foi descoberta após o Terramoto de 1755 e mantém atualmente a sua função original, suportando os edifícios pombalinos.



Uma utilização que obriga a cuidados redobrados na gestão de um monumento e que afasta, desde logo, a possibilidade de este ser drenado com mais regularidade "Pode pôr em perigo o equilíbrio que a estrutura já ganhou [desde que passou a estar submersa]", explica António Marques, durante uma visita guiada para a comunicação social.




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