O Estoril vai a Nyon outra vez para saber quem defronta no play-off da Liga Europa, depois de ultrapassar o Hapoel Ramat-Gan, uma equipa que colocou algumas dificuldades na Amoreira, mas caiu em Israel perante um adversário que lhe é superior.
E É bom começar por aí. O Estoril é melhor equipa que os israelitas, uma entrada forte garantiu-lhe um golo e a vantagem, mas, também demasiado consciente dessa supremacia, deixou o jogo correr a ritmo lento, na primeira parte.
Oportunidades aos dois e aos quatro minutos faziam antever o golo estorilista. Chegou aos 11, depois de Galvão ter sido derrubado na área por Soffer. O defesa viu cartão vermelho pelo penalty e Evandro colocava uma diferença mínima, mas lógica entre das duas equipas.
A partir daí, a construção de jogo da equipa de Marco Silva foi feita com paciência. Demasia até, pois sempre que os médios aceleraram um pouco, conseguiram soltar o ataque. Galvão teve duas ocasiões para rematar: uma saiu ao lado, outra foi defendida por Straus. O Hapoel nem ameaçou Vagner durante todo o primeiro tempo.
Assim, em 45 minutos o Estoril fez o mínimo exigível. Marcou, ficou na frente da eliminatória e controlou. Perante as fragilidades contrárias, era possível fazer mais, claramente. Mas os portugueses não quiseram arriscar em demasia na posse de bola a meio, por isso saíram para o descanso apenas e só com o golo de Evandro.
Olhar em frente e nada temer
O segundo tempo foi cópia do primeiro, menos o golo. O Hapoel nunca se atirou ao ataque, o Estoril nunca quis meter muita mais rapidez do que até então. Aquela bastava, de facto. A formação portuguesa foi construindo lentamente, à espera que o 2-0 chegasse.
Claro, estava exposta ao risco de sofrer um golo e de a eliminatória se relançar. Mas bastava olhar para o lado contrário para se perceber que isso dificilmente iria acontecer.
Aliás, apenas uma saída em falso de Vagner deu azo a uma oportunidade para o Hapoel, prontamente bloqueada pela defesa do Estoril. Por isso o jogo foi algo lento, com o Estoril aqui e ali a imprimir velocidade, como ordenava Marco Silva com a troca de Carlitos por Gerso.
Insista-se, quando a rapidez surgia, o Estoril ficava perto do golo. Quando o fez, Straus negou-o sempre - numa das ocasiões de forma espectacular, diga-se.
Assim, fica a vitória, obviamente, a consequente classificação para o «play-off» e o golo histórico de Evandro, o primeiro do Estoril na Europa. Em suma, uma vitória pela margem mínima, mas uma vitória tranquila.
Ficha de Jogo
Estádio: Iztadion Ramat Gan, em Ramat Gan
Árbitro:Tasos Sidiropoulos
HAPOEL RAMAT-GAN:Straus; Tomer Levy, Hazum, Soffer e Maabi; Lingane e Buksenbaum; Luzon (Gabai, 58), Romann (Cohen, 90) e Asayag (Bar Buzaglo, 46); Diamant.
SUPLENTES NÃO UTILIZADOS: Pshehazkey, Ben Ami, Addo e Berkovitch.
ESTORIL: Vagner; Anderson Luís, Bruno Miguel, Yohan Tavares e Babanco; Evandro, Gonçalo Santos ( Diogo Amado, 81) e Filipe Gonçalves; Carlitos (Gerso, 66), Luís Leal e João Pedro Galvão (Bruno Lopes, 89).
SUPLENTES NÃO UTILIZADOS: Ribeiro, Mano, Rúben Fernandes e Gladestony
AO INTERVALO: 0-1
MARCADORES 0-1, por Evandro (11min, g.p.)
DISCIPLINA: cartão amarelo a Yohan Tavares (44min), Levy (63min), Hazum (76min) e Gonçao Santos (79min)
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