WASHINGTON, 24 Ago (Reuters) - Dezenas de milhares de pessoas marcharam na cidade de Washington, no sábado, para comemorar 50 anos do aniversário do discurso de Martin Luther King Jr. "Eu tenho um sonho" e para pedir medidas sobre emprego, direitos de voto e violência armada.
"Acreditamos em uma nova América. Chegou a hora de marchar para uma nova América", disse o líder dos direitos civis e comentarista de televisão MSNBC, reverendo Al Sharpton, à multidão predominantemente negra, dos degraus do Memorial Lincoln.
Sharpton e outros oradores prestaram homenagem a King e outros líderes dos direitos civis pelo progresso ao longo das últimas cinco décadas que levou a ganhos como a eleição de Barack Obama como o primeiro presidente negro dos EUA.
Mas o assassinato do adolescente negro desarmado Trayvon Martin na Flórida no ano passado e a recente decisão da Suprema Corte para derrubar uma parte da lei de direitos de voto mostrou que a luta não acabou, disseram.
"King viu a possibilidade de um Obama, há 50 anos. O mundo é feito de sonhadores que mudam a realidade por causa de seu sonho. E o que devemos fazer é que devemos dar aos nossos jovens sonhos de novo", disse Sharpton.
A "Ação nacional para realizar o sonho" foi liderada por Sharpton e Martin Luther King III, filho mais velho de King.
Organizadores esperavam 100 mil pessoas para assistir ao comício e para a marcha do Memorial Lincoln ao Monumento a Washington, passando pelo Memorial Martin Luther King Jr.
A marcha teve como objetivo chamar a atenção para questões como oportunidades de emprego, de direitos de voto, a violência de armas, direitos das mulheres e da reforma de imigração.
King estava entre seis organizadores da marcha de 1963, e levou cerca de 250 mil pessoas para as escadas do Memorial Lincoln, no National Mall, de onde fez seu discurso "Eu tenho um sonho".
O discurso e a marcha ajudaram a impulsionar a aprovação da Lei dos Direitos Civil e a Lei dos Direitos de Voto em 1964 e 1965, respectivamente.
King ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1964. Ele foi assassinado em 4 de abril de 1968, aos 39 anos.
Obama está programado para falar na quarta-feira em uma cerimônia que marca o aniversário da marcha no Memorial Lincoln.
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