domingo, 18 de agosto de 2013

FC Porto arranca em defesa do título com triunfo em Setúbal

Polémica que baste no Bonfim, um craque a saltar do banco e um jogo cheio, cheio de emoção. O Vitória não vencia o FC Porto há 30 anos, não pontuava em casa com os dragões desde 1997 e esta tarde/noite caiu por 3-1. Bateu-se muito bem. Isso diz também imenso do que foi o FC Porto. Saiu com o triunfo, mas com noção de que teve muitas dificuldades em construir e que só um penalty e o talento de Quintero conseguiram resolver perante uma equipa que terminou com dez unidades em campo. O 3-1 final engana. 

O golo gritado que não entrou (parte I)

Sem ser sufocante, o FC Porto entrou bem no jogo. Josué saltou para o onze e os movimentos interiores que fazia deveriam soltar Danilo. Mas foi Lucho, inteligente, quem percebeu primeiro os passos que tinha de dar para chegar à baliza de Kieszek. Entre os passos do argentino, saiu um passe para Jackson. Rematou o colombiano e Vezo acudiu em cima da linha, entendeu o árbitro. O golo que os portistas cantaram na entrou na perceção da arbitragem. Dúvidas muitas.

Um cruzamento/remate de Defour para defesa de Kieszek e o FC Porto, campeão em título, apagou-se ao fim de dez minutos. O Vitória corria atrás do meio-campo portista, recuperava a bola e aproveitava o espaço nas costas da defesa do campeão. Ramón Cardozo mostrou qualidade suficientes para vir a ser uma figura neste campeonato e foi dos pés do paraguaio que saiu o 1-0. Rafael Martins bateu Helton numa recarga, mas na primeira tentativa que os sadinos tiveram. A estratégia de José Mota estava bem montada e resultava em pleno.

O FC Porto tinha a posse de bola, o Vitória deixava, mas o jogo portista passava pela troca de bola e resultava apenas em cantos sucessivos. Perigo, nenhum, com o espartilho sadino a funcionar muito bem. Mas o lance de Jackson aos 45 mostrava que, ainda a jogar demasiado com o título que ostenta e pouco fazer para o justificar, o campeão tinha qualidade para,de um momento para o outro, marcar. Ainda assim, ao intervalo, e apesar do domínio de bola portista, o 1-0 tinha de se aceitar.

Golo gritado que não entrou (parte II) e Quintero

A segunda parte trouxe muita emoção e exaltação. Comecemos pela última. Os sadinos ficaram a puxar cabelos por causa das decisões de João Capela. O árbitro assinalou uma falta de Dani sobre Jackson. O médio sadino foi ingénuo, tocou Jackson e o colombiano deixou-se cair. De penalty, Josué empatou. Veio confusão, Kieszek foi expulso e o médio do FC Porto viu amarelo. O Vitória jogava com menos um. Perante o tricampeão nacional, enquanto as bancadas se revoltaram com o árbitro.

As dificuldades mudavam de lado, mas isso para as gentes do Vitória são como pequeno almoço. Existem todos os dias. Agora, o que não existia e há é uma equipa de Mota bem diferente dos últimos anos. Mangala nunca se entendeu com Cardozo e o paraguaio correu com a alma toda para a baliza. Perdeu em discernimento e só por isso não serviu Terroso, solto, para o empate.

De pronto, Paulo Fonseca foi ao banco. E isso foi a melhor coisa que fez. Tirou Defour e meteu Quintero em busca do empate. Menos de um minuto do colombiano e um golaço direto ao coração sadino. Talento individual a desatar um nó muito apertado no Bonfim.

O jogo estava londe de estar teminado. Perante um Vitoria com dez, o FC Porto não teve capacidade para matar o jogo logo ali. Na primeira parte faltou quem desequilibrasse nas alas, no segundo tempo, faltou velocidade geral. Por isso, o Vitória tinha fé. Rafael Martins cabeceou e o Vitória inteiro gritou golo. A bola terá passado a linha? Lance muito idêntico ao do primeiro tempo, com sensação de golo. 

A dúvida perdurou até que um Vitória lançado para o empate abriu espaço nas costas. Josué assistiu, Jackson Martínez acabou com o jogo. Certamente, não acabou com a polémica, porque houve muitos lances duvidosos no jogo, embora da arbitragem de Capela saia, pelo menos, uma certeza: dualidade de critérios na mostragem de cartões amarelos.



Sem comentários:

Enviar um comentário