Pasching-Estoril, 1-2
Histórico! Na estreia absoluta do Estoril nas provas europeias, a equipa orientada por Marco Silva conseguiu o acesso à fase de grupos da Liga Europa.
Depois de um triunfo por 2-0 na primeira mão, o Estoril surgia na Áustria com uma boa vantagem. Marco Silva surpreendeu ao deixar no banco Evandro, Carlitos e Anderson Luís.
A intenção era jogar pelo seguro e evitar um Pasching demasiado ofensivo no início.
Mas a verdade é que a equipa austríaca entrou com tudo, criando duas boas situações para marcar nos primeiros dez minutos.
O Estoril conseguiu adormecer o ímpeto inicial dos austríacos e isso foi foi fundamental. Ainda o Pasching estava a tentar recuperar a iniciativa e já a equipa portuguesa fazia o 0-1, com um golo de Luís Leal, em remate rasteiro, na sequência de livre indireto.
O cronómetro ainda nem tinha chegado ao minuto 20 e já ficava a sensação de que o apuramento não poderia fugir ao Estoril. O modo gestão foi reforçado e o conjunto português preocupou-se, sobretudo, em manter o jogo lento.
O objetivo foi sendo alcançado, embora tenha sempre ficado a ideia de um resultado melhor do que a exibição para o Estoril. A formação canarinha deu prioridade à qualificação e não rubricou uma partida de encher o olho, bem pelo contrário.
O 0-2, já no segundo tempo, facilitou ainda mais as coisas. De novo Luís Leal, desta vez a agradecer uma oferta da defensiva austríacaca.
A qualificação estava mais do que controlada e a única dúvida passava a ser se o Estoril somava duas vitórias nos dois jogos.
O Pasching, cada vez menos pressionado, continuou a criar ocasiões e chegou, com justiça, ao 1-2. Foi o primeiro golo sofrido pelo Estoril nas competições europeias.
A formação austríaca podia ter feito o 2-2, em dois remates perigosos nos últimos minutos, mas o triunfo estorilista premeia a forma inteligente como a equipa portuguesa encarou este encontro.
Sp. Braga-Pandurii, 0-2
O Sp. Braga está fora das competições europeias. Caiu aos pés do estreante Pandurii depois de trazer da Roménia uma vantagem de um golo. A equipa de Jesualdo Ferreira voltou a demonstrar vícios antigos, e uma equipa que a espaços adormece no jogo. Esfumou-se um dos objetivos da época. Mais do que um objetivo, uma obrigação que o clube liderado por António Salvador teria interiorizado.Diante do Belenenses o professor Jesualdo Ferreira sorriu já para lá da hora. Desta vez voltaram a haver horas extra no Municipal de Braga, mas foram os romenos a ter a estrelinha da sorte do seu lado.
Agudiza-se o histórico dos arsenalistas com equipas da Roménia e o professor tem mais uma pedra no sapato. Na sua anterior passagem pelo Minho, mais precisamente pelo Sp. Braga. Nunca conseguiu levar os Guerreiros do Minho à fase de grupos da Liga Europa. A estocada final chegou já no prolongamento, quando faltavam apenas 3 minutos para as grandes penalidades que já pairavam no ar. Ciucur, lançado no decorrer do segundo tempo apontou o golo do triunfo. Já tinha avisado com uma bola ao poste.
Vícios antigos na primeira parte
A equipa que viajou desde a Roménia trouxe na bagagem uma enorme vontade de mostrar serviço. Tinham-no prometido, e apresentaram-se em campo de forma mais acutilante e sobretudo a arriscar mais no ataque.
Por sua vez, o Sp.Braga com três alterações relativamente ao último jogo realizado no mesmo palco diante do Belenenses evidenciou os mesmos vícios do encontro a contar para o campeonato português. Alan e Yazalde apareceram nas faixas laterais por troca com Rafa e Pardo enquanto que o recuperado Baiano substitui Tómas Dabo.
Foi mandão, dono e senhor do jogo p conjunto de Jesualdo Ferreira, mas sempre com enormes dificuldades para progredir no terreno. Escondeu várias vezes com mestria a bola do Pandurii, mas raramente com capacidade de ser incisivo ao ponto de visar a baliza de Mingote. O primeiro lance digno de registo aconteceu apenas a cinco minutos do intervalo. Já o Pandurii vencia com um golo de Buleica, sem que para isso precisasse de grandes ameaças. A côr até era azul e repetia-se o filme visto diante do Belenenses.
Estreante tombou Sp. Braga
O segundo tempo trouxe mais do mesmo. A equipa da casa tinha mais argumentos e mais posse de bola, mas continuou a faltar o essencial: objetividade. Enquanto isso, os tímidos mas organizados romenos do Pandurii iam acreditando que podiam fazer mais.
Foi assim o segundo tempo no Municipal de Braga. Os 11312 espectadores presentes nas bancadas iam suspirando de coração apertado. O Sp. Braga jogava no fio da navalha: dava mostras de mais tarde ou mais cedo, a qualquer momento resolver o jogo; mas a verdade é que nunca esteve realmente perto de o conseguir.
Salvador Agra, Pardo e Éder foram lançados por Jesualdo Ferreira na ânsia de dar a volta ao texto. Pela frente tinham onze bravos, conscientes das suas limitações mas sempre organizados e sem perder o norte. Eram estreantes. Estreantes que deram bem conta do recado e roubaram um dos principais objetivos da época a um Braga habituado a estas andanças.
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