Como autor, compositor e cantor, personifica perfeitamente a sua música O Homem dos 7 Instrumentos. Multifacetado, representou já em filmes, séries televisivas e peças teatrais. A Dramaturgia surge com a assinatura de algumas peças de teatro assumindo-se também como realizador. Aos 20 anos sai de Portugal, voltando as costas à guerra colonial. Permanece 9 anos afastado do país. A sua maior ligação é com a capital francesa, Paris, onde integra por dois anos o elenco do musical Hair e começa a esboçar as suas primeiras músicas, tomando contacto com outros músicos portugueses, como José Mário Branco, Zeca Afonso e Luís Cília. Passou ainda por Amsterdão, Brasil e Vancouver.
Em 1971 colabora no primeiro álbum a solo de José Mário Branco, Mudam-se os tempos mudam-se as vontades, e viria nesse mesmo ano a concretizar a sua estreia discográfica ao gravar, em solo francês, o LP Os sobreviventes. Gravou ainda no exílio o álbum Pré-histórias, em 1972.
Ainda que constantemente censurados, estes álbuns conseguiram alcançar popularidade entre o público português no ano seguinte, tendo inclusivamente a imprensa premiado Sérgio como Autor do ano e Os Sobreviventes como Disco do ano.
Já no Canadá, casa-se com sua primeira mulher, Shila, colega na companhia de teatro The Living Theatre. Estabelece-se numa comunidade hippie em Vancouver, e é aqui que recebe a notícia da revolução do 25 de Abril, que o leva a regressar a Portugal. Já em terras lusitanas, edita o álbum À queima-roupa (1974) um sucesso que o faz correr o país, actuando em manifestações populares, frequentes no pós 25 de Abril. Desde então a sua carreira não mais parou; duas das suas canções mais aclamadas, são: É terça-feira e Com um brilhozinho nos olhos.
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