A situação aconteceu na quarta-feira de manhã, na casa de Luís Carito, quando a validade desse documento em termos de prova estaria a ser analisada pela equipa da PJ. O vice-presidente da Câmara de Portimão, Luís Carito, o vereador Jorge Campos e outras três pessoas foram detidos por suspeitas de corrupção, administração danosa, branqueamento e participação económica em negócio .
Os crimes em causa estão relacionados com a atividade e gestão da empresa municipal Portimão Urbis com outras empresas, nomeadamente, a empresa de formação profissional da companheira do vice-presidente que tinha como objectivo formar funcionários, o que nunca veio a acontecer. A formação seria para o projeto Pictures Portugal de iniciativa privada e que pretendia a criação da Cidade do Cinema em Portimão, negócio que está a agora a ser investigado.
Os dois autarcas, eleitos pelo Partido Socialista, Luís Carito e Jorge Campos, faziam parte, à data dos alegados factos (2011), do conselho de administração da empresa municipal Portimão Urbis. Segundo fonte policial, além do vice-presidente e do vereador, foram também detidos Lélio Branca, administrador da Portimão Urbis e dois empresários: Artur Curado, diretor da Algarve Film Comission, e Luís Marreiros, diretor da Pictures Portugal.
O caso teve origem em denúncias anónimas em 2011 que davam conta de que o megaprojeto Cidade do Cinema, onde seriam investidos mais de três mil milhões de euros, na realidade nunca tinha saído do papel. A Câmara de Portimão, a mais endividada do país, já terá investido mais de 700 mil euros em estudos e consultoria. As denúncias dão ainda conta de viagens efetuadas a Los Angeles para reunir com atores e reuniões na Índia durante a visita que Paulo Portas fez ao país para conquistar investimento.
Os cinco detidos estão a ser ouvidos pelo juiz Carlos Alexandre no Campus de Justiça, em Lisboa, uma vez que o processo é liderado pelo Departamento Central de Investigação Ação Penal (DCIAP).
Sem comentários:
Enviar um comentário