De 27 para 28. Croácia é o novo membro da União Europeia
As dificuldades encontradas para digerir a entrada da Bulgária e da Roménia em 2007, agravadas pela crise, arrefeceram o entusiasmo pelo processo de alargamento da União que, seis anos depois, volta a dar um pequeno passo em direcção aos balcãs, onde outros países, como Sérvia, Montenegro e Bósnia-Herzegovina, esperam pela sua vez.
A adesão acontece num dos períodos mais difíceis da existência do projecto europeu, na sequência da crise financeira e económica, com interrogações acerca do futuro de um dos seus pilares, a moeda única, mas também ao nível da confiança entre capitais e em relação à vontade de continuar a trilhar um caminho comum.
O acontecimento mostra, por outro lado, que, apesar das dificuldades que atravessa, do lado de fora a União Europeia continua a ser vista por muitos como a terra prometida.
Além de estender a sua influência e tentar assim contribuir para a estabilização de uma região marcada pela turbulência, para a Europa a adesão da Croácia poderá ajudar a recuperar a auto-estima.
Para os croatas, vai antes ser a confirmação de que pertencem à família europeia e a ocasião para tentar deixar definitivamente ultrapassadas as memórias de um passado recente marcado pela guerra e pelo tempo em que fizeram parte da Jugoslávia, a União dos "eslavos do Sul".
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