Em tempo de crise, o mercado dos canais pagos de desporto reinventa-se. Depois de a Benfica TV ter iniciado as emissões pagas no início do mês por 9,90 euros, no dia 5 de Agosto arranca o novo canal low cost da SportTV.
Também por 9,90 euros, a SportTV Live vai ter pelo menos um jogo importante por semana da 1.ª e da 2.ª Ligas, mas também das ligas espanhola, alemã, francesa e italiana, da Champions e da Liga Europa.
“O país atravessa um momento difícil e quisemos criar um canal que permitisse o acesso aos conteúdos da SportTV de forma mais económica”, explica o administrador Bessa Tavares, lembrando que a ideia foi recuperar subscritores que deixaram de poder pagar “os 29,90 euros por mês do pacote premium, mas também chegar a pessoas que nunca tiveram a SportTV”. Outra forma de estar em ainda mais casas, é o novo serviço pay per view: “Por 9,90 euros, tem-se acesso a 24 horas de emissão dos nossos canais”.
Mas a estação quer também oferecer mais a quem paga para ter os quatro canais da SportTV. Por isso, esses subscritores vão ter acesso gratuito ao novo SportTV Live e dois novos serviços, que serão lançados ainda no Verão: o multiroom – que permite ver os canais em diferentes televisões da casa, mas também em tablets e smartphones – e o multiscreen, para ver as várias emissões da SportTV ao mesmo tempo no ecrã.
Com cerca de 500 mil subscritores, a SportTV acredita ter, graças a estas ofertas, margem para crescer. “Temos expectativas fundamentadas no trabalho de uma consultora que analisou o mercado”, diz Bessa Tavares, sem querer avançar números.
Quem também não pretende dar dados sobre subscrições é a Benfica TV, que tem para oferecer em exclusivo os 15 jogos do Benfica em casa, a Premier League e o Brasileirão.
Esta semana, o Diário Económico adiantou que o novo canal em sinal fechado tem já 32 mil subscritores e espera chegar aos 40 mil dentro de um mês. Mas João Gabriel, responsável pela comunicação da estação, não quer comentar, limitando-se a sublinhar que a Benfica TV “é o único canal de um clube de futebol a gerir os seus próprios direitos televisivos a nível mundial” e que essa “é uma marca suficientemente distintiva” para atrair subscritores.
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