Peixe manteve-se fiel ao 4x3x3, com um meio-campo sólido à espera e erros do adversário, mas a Servia não esperou e, com um futebol bem mais direto, chegou à vantagem na primeira oportunidade, aos 6 minutos, com Golubovic a descer pelo flanco direito e a cruzar para a área para o desvio de cabeça de Djurjevic.
Portugal continuou a jogar de pé para pé, mas sem conseguir profundidade, com extremas dificuldades em passar a linha do meio campo com a bola controlada, tal era a pressão que os sérvios faziam sobre a bola. A equipa de Drulovic foi sempre muito mais prática, ganhando velocidade por Djurdjevic e Lukovic pelas alas, e abrindo buracos na defesa com a capacidade de desmarcação de Mitrovic que esteve muito perto de fazer o segundo.
Peixe tentou inverter o cenário com a entrada de Ricardo Horta para o lugar de Leandro Silva, mas pouco mudou. Sem soluções, o jogo de Portugal foi ficando cada vez mais feio, com muitas faltas para travar a maior mobilidade dos sérvios e o resultado ao intervalo até era lisonjeiro. Portugal teve mais bola, mas fez apenas três remates, todos fora da área, contra sete da dos sérvios.
Tudo ao contrário na segunda parte, com Portugal a entrar com mais intensidade, com Carlos Mané a conseguir levar a bola até à linha de fundo e uma Sérvia a perder gás. A pressão portuguesa acabou recompensada, aos 56 minutos, com o primeiro lance com princípio, meio e fim a acabar com a bola nas redes de Rajkovic. Bom trabalho de Carlos Mané sobre a direita a culminar com passe para Bernardo Silva na zona central. O médio do Benfica combinou com Ricardo Horta e atirou a contar.
Sempre com mais bola, Portugal reforçou a pressão diante de uma Sérvia cada vez mais recuada. Peixe surpreendeu ao abdicar de Carlos Mané, o elemento mais ativo no ataque, para lançar Hélder Costa, mas a verdade é que no minuto seguinte Portugal chegou ao segundo golo. Cruzamento de Luís Rafael da esquerda e cabeçada de Alexandre Guedes que, com o seu terceiro golo, junta-se aos grupos dos melhores marcadores do torneio.
Faltavam pouco mais de dez minutos para o final e Portugal parecia ter o jogo controlado, diante de uma Sérvia se forças, mas foi Gacinovic, um suplente lançado por Drulovic, que encontrou ainda forças para o empate, a quatro minutos do final, com um forte remate com o pé esquerdo.
Um empate que Portugal não conseguiu desfazer, nem nos poucos minutos que faltavam para o final, nem nos trinta minutos suplementares, diante de uma Sérvia que era Gacinovic (o último a entrar) e mais dez. Alexandre Guedes ainda teve uma boa oportunidade, mas ficou mesmo tudo adiado para a lotaria das grandes penalidades.
Neste último capítulo, desde os onze metros, Portugal esteve em vantagem quase até ao final, mas desta vez foi a Sérvia que virou o «score» e acabou por vencer por 3-2.
FICHA DO JOGO
Estádio SRC Alytus, em Alytus
Árbitro: Michael Oliver (Inglaterra)
Assistentes: Dermot Broughton (Irl), Leif Erik Opland (Nor)
4º árbitro: Felix Zwayer (Ale)
SÉRVIA: Rajkovic; Golubovic, Veljkovic, Filipovic e Antic (Urosevic, 68m); Maksimovic e Milinkovic-Savic; Djurdjevic (Gacinovic, 80m), Pavlovski e Lukovic (Meleg, 62m); Mitrovic.
PORTUGAL: Bruno Varela; João Cancelo, Tobias Figueiredo, Edgar Ié e Tobias Rafael; Leandro Silva (Ricardo Horta, 32m), Tomás Podstawski e Bernardo Silva (João Teixeira, 105m); Marcos Lopes, Alexandre Guedes e Carlos Mané.
Marcadores: Djurdjevic (6m), Bernardo Silva (56m), Alexandre Guedes (79m), Gacinovic (86m).
Disciplina: cartão amarelo a Carlos Mané (34m), Tomás Podstawski (45m), Bernardo Silva (54m) e Pavlovski (90m).
Resultado final: 2-2 (3-2 g.p.).
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